Sendo uma das principais causas de falhas reprodutivas em bovinos, a Leptospirose, doença causada por microrganismos do gênero Leptospira, pode apresentar diversas manifestações clínicas, especialmente, na espécie bovina, a Leptospirose pode acarretar abortos, natimortos e bezerros fracos, provocando, muitas vezes, infertilidade nas vacas.

Existem hoje diversas espécies Leptospira que podem causar danos à reprodução como por exemplo L. hardjo, L. gryppotyphorosa, L. icterohaemorrhagiae, L. Pomona e L. wolfii. A transmissão ocorre pelo contato do bovino com a urina do rato. A eliminação da Leptospira através da urina dos bovinos afetados é uma das formas de disseminação da doença no rebanho. Uma das maneiras de se suspeitar da infecção por Leptospira são as quedas nos índices reprodutivos.

Para identificar os animais positivos podemos fazer uso de algumas metodologias diagnosticas como a sorologia por microaglutinação, identificação em campo escuro e também o PCR, através de amostras de sangue, soro, fígado, feto e envoltórios fetais. Como prevenção e controle deve-se realizar a testagem periódica dos animais, instituir um calendário de vacinação, controle de roedores e higienização das instalações, dentre outras. Deve-se lembrar também que a Leptospirose é uma zoonose ocupacional, fazendo com que pessoas que tenham contato com tecidos de animais infectados como fetos e restos de aborto sejam passiveis de contrair a doença.