A Tristeza Parasitária Bovina é um complexo de doenças que afetam bovinos e é causada pelas enfermidades Babesiose e Anaplamose. A Babesiose é uma enfermidade causada pelos protozoários Babesia bovis e Babesia bigemina e que infectam as hemácias dos bovinos. A Anaplasmose é causada pela Rickettsia Anaplasma marginale, que bem como a B. bovis e B. bigemina, infecta as hemácias dos animais afetados. Tanto as Babesias quando o Anaplasma são transmitidos pelo carrapato Boophilus microplus durante seu repasto sanguíneo e tem maior incidência em áreas tropicais e subtropicais. No caso da Anaplasmose, a Rickettsia também pode ser transmitida pela mosca hematófaga Stomoxys calcitrans.

As principais perdas econômicas associadas à Tristeza Parasitária Bovina estão relacionadas queda na produção de leite e carne, infertilidade temporária de machos e fêmeas, custo de tratamentos, gasto com medidas preventivas necessárias para introdução de animais em áreas endêmicas da doença. O Brasil é considerado uma área de estabilidade enzoótica, embora algumas regiões possam apresentar instabilidade enzoótica por terem períodos do ano em que a presença do vetor no ambiente seja inviabilizada pelas condições ambientais.

Para diagnóstico da Tristeza Parasitária Bovino em um rebanho bovino, deve-se observar primeiramente os sinais clínicos dos animais. A identificação das Babesias e do Anaplasma pode ser feita através da visualização desses patógenos em esfregaços sanguíneos de capilares periféricos de ponta de orelha ou ponta de cauda. Técnicas moleculares também têm sido empregadas na no diagnóstico de Babesiose e Anaplasmose. O teste de ELISA tem sido muito utilizado na identificação de anticorpos específicos para essas enfermidades pois possibilita a realização da testagem de um grande número de amostras

O controle consiste em medidas sanitárias de manejo como controle do carrapato com o uso correto de carrapaticidas, imunização dos animais com inóculos padronizados de B. bovis, B. bigemina e A. marginale, bem como o uso de quimioterápicos como Tetraciclina e Imidocarb, por exemplo.